quarta-feira, 24 de setembro de 2014

JESUÍTAS


  1. fatos históricos gerais do período de cada grupo


  A Companhia de Jesus foi fundada por Inácio de Loiola e um pequeno grupo de discípulos, na Capela de Montmartre, em Paris, em 1534, com objetivos catequéticos, em função da Reforma Protestante e a expansão do luteranismo na Europa. 
      Os primeiros jesuítas chegaram ao território brasileiro em março de 1549 juntamente com o primeiro governador·geral, Tome de Souza. Comandados pelo Padre Manoel de Nóbrega, quinze dias após a chegada edificaram a primeira escola elementar brasileira, em Salvador, tendo como mestre o Irmão Vicente Rodrigues, contando apenas 21 anos. Irmão Vicente tornou·se o primeiro professor nos moldes europeus e durante mais de 50 anos dedicou·se ao ensino e a propagação da fé religiosa. 
      O mais conhecido e talvez o mais atuante foi o noviço José de Anchieta, nascido na Ilha de Tenerife e falecido na cidade de Reritiba, atual Anchieta, no litoral sul do Estado do Espírito Santo, em 1597. Anchieta tornou·se mestre·escola do Colégio de Piratininga; foi missionário em São Vicente, onde escreveu na areia os "Poemas à Virgem Maria" (De beata virgine Dei matre Maria), missionário em Piratininga, Rio de Janeiro e Espírito Santo; Provincial da Companhia de Jesus de 1579 a 1586 e reitor do Colégio do Espírito Santo. Além disso foi autor da Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil. 
      No Brasil os jesuítas se dedicaram a pregação da fé católica e ao trabalho educativo. Perceberam que não seria possível converter os índios à fé católica sem que soubessem ler e escrever. De Salvador a obra jesuítica estendeu·se para o sul e em 1570, vinte e um anos após a chegada, já era composta por cinco escolas de instrução elementar (Porto Seguro, Ilhéus, São Vicente, Espírito Santo e São Paulo de Piratininga) e três colégios (Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia). 
      Todas as escolas jesuítas eram regulamentadas por um documento, escrito por Inácio de Loiola, o Ratio atque Instituto Studiorum, chamado abreviadamente de Ratio Studiorum. Os jesuítas não se limitaram ao ensino das primeiras letras; além do curso elementar eles mantinham os cursos de Letras e Filosofia, considerados secundários, e o curso de Teologia e Ciências Sagradas, de nível superior, para formação de sacerdotes. No curso de Letras estudava·se Gramática Latina, Humanidades e Retórica; e no curso de Filosofia estudava·se Lógica, Metafísica, Moral, Matemática e Ciências Físicas e Naturais. Os que pretendiam seguir as profissões liberais iam estudar na Europa, na Universidade de Coimbra, em Portugal, a mais famosa no campo das ciências jurídicas e teológicas, e na Universidade de Montpellier, na França, a mais procurada na área da medicina. Os jesuítas permaneceram como mentores da educação brasileira durante duzentos e dez anos, até 1759, quando foram expulsos de todas as colônias portuguesas por decisão de Sebastião José de Carvalho, o marquês de Pombal, primeiro-ministro de Portugal de 1750 a 1777. No momento da expulsão os jesuítas tinham 25 residências, 36 missões e 17 colégios e seminários, além de seminários menores e escolas de primeiras letras instaladas em todas as cidades onde havia casas da Companhia de Jesus. A educação brasileira, com isso, vivenciou uma grande ruptura histórica num processo já implantado e consolidado como modelo educacional


    

2. principais modelos educacionais - métodos de ensino do período

 Era usado o método de unificação  do ensino por todos os professores, ênfase na concentração e na atenção silenciosa dos alunos e um processo de ensino ligado à repetição e memorização dos conteúdos apresentados. Todos estes princípios se sobressaem na Ratio Studiorum (Ordem dos Estudos), síntese da experiência pedagógica dos jesuítas, composta de normas e estratégias, que visavam à formação integral do homem, de acordo com a fé e a cultura católica daquele tempo.

Os jesuítas não se limitaram à alfabetização; além do curso básico, eles ofereciam os cursos de Letras e Filosofia, considerados secundários, e o curso de Teologia e Ciências Sagradas, de nível superior, para formação de sacerdotes.


                              
O método educacional jesuítico foi fortemente influenciado pela orientação filosófica das teorias de Aristóteles e de São Tomás de Aquino, pelo Movimento da Renascença e por extensão, pela cultura européia. Apresentava como peculiaridades a centralização e o autoritarismo da metodologia, a orientação universalista, a formação humanista e literária e a utilização da música.

3.A quem essa educação atendia e com que objetivos

Logo que chegaram ao Brasil, os jesuítas sistematizaram a organização educacional como instrumento de domínio espiritual e de propagação da cultura européia. Foram se infiltrando aos poucos nas aldeias, levando os fundamentos de uma educação religiosa dedicada à propagação da fé e do trabalho educativo. O grande interesse missionário, político e educativo da igreja católica seria o de instruir os nativos, acreditando que somente através da leitura, da apresentação e da interpretação da palavra divina se poderia decifrar o mundo desconhecido; assim os nativos poderiam ser inseridos ao mundo cristão A política religiosa dos jesuítas foi, ao mesmo tempo, colonizadora e regalista. Atuaram como verdadeiros soldados de Cristo na catequização dos índios, formando novos sacerdotes e a elite brasileira, promovendo o controle da fé e da moral dos habitantes.

Agora um vídeo mostrando 

 como eram os professores- formação, condições de salário e

modelos de financiamento da educação





https://www.youtube.com/watch?v=eTYWvbW8XPw


Conclusão: Como visto a educação jesuítica teve grande influência na educação brasileira,trazendo pontos positivos e negativos para a sociedade. A educação era baseada nos ensinamentos da fé católica, onde permaneceram por 210 anos e até hoje tem grandes influências dentro da população brasileira.

grato:  Antonio Junior, Danilo ,Yuri Alves






5 comentários:

  1. Como mencionado acima os jesuítas deram início ao movimento educacional brasileiro, promovendo a educação para os índios, eu vejo como simples qualificação para a mão de obra, ou seja, ensinaram a eles o básico para que pudessem trabalhar e servir de uma forma melhor. Juntamente à esse movimento educacional, ocorreu o processo maçante de aculturação com os índios, eles foram obrigados a se encaixarem aos moldes europeus e sua religião católica, sendo forçados a trabalharem para servir e ainda servir uma igreja que era totalmente contra aos deuses que os índios adoravam. Partindo daí, existe alguma pesquisa histórica ou algum relato que mostra o ponto de vista indígena sobre o ocorrido? Houve algum conflito entre jesuítas e indígenas?

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  2. Ana Flávia Lourenço
    Eu pesquisei e achei isso mais o que o grupo pode nos falar sobre isso? Está correto?
    Os índios resistiram à ocupação, pois não queriam integrar a força de trabalho da colonização espanhola; e os jesuítas não admitiam perder as terras por eles cultivadas.

    O conflito de interesses abriu espaço para o início das Guerras Guaraníticas. Os espanhóis e portugueses, contando com melhores condições, venceram os índios e jesuítas no conflito que se deflagrou entre 1754 e 1760. Depois do incidente o ministro português Marques de Pombal ordenou a saída dos jesuítas do Brasil. Tal ação fazia parte de um conjunto de medidas que visavam ampliar o controle da Coroa Portuguesa sob suas posses.

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  3. Joana Gonçalves
    Curiosidades....

    Grande parte da história do Estado de Córdoba foi escrita pelos Jesuítas que chegaram a cidade -hoje capital- no ano 1599. Sua missão de fé e saber está presente nos muros da cidade e, para o interior, nos das estâncias.

    Na capital, tudo começa na Maçã Jesuítica, o coração histórico da cidade: entre as batidas dos sinos das igrejas, destacam-se imponentes as construções da Cripta Jesuítica do Antigo Noviciado, o Colégio das Órfãs, a Igreja Companhia de Jesus, a Capela Doméstica, a Universidade Nacional de Córdoba e o Colégio Monserrat (Um lugar que convoca estudantes do país e do mundo).

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  4. Rosiley Rocha

    Após a expulsão dos holandeses, o Brasil fechou
    as suas portas aos protestantes por mais de 150 ano
    s. Foi só no início do século XIX,
    com a vinda da família real portuguesa, que essa si
    tuação começou a se alterar. Em
    1810, Portugal e Inglaterra firmaram um Tratado de
    Comércio e Navegação, cujo artigo
    XII concedeu tolerância religiosa aos imigrantes pr
    otestantes. Logo, muitos começaram
    a chegar, entre eles um bom número de reformados.

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